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sábado, 30 de outubro de 2010

07(sete) Linhas de Umbanda

A Umbanda se divide em 07(sete) linhas que são assim classificadas:
1ª Linha de Oxalá ou Linha de Santo
- Nesta linha as falanges são de Santo Antônio, São Cosme e Damião, Santa Rita, Santa Catarina, Santo Expedito e São Francisco de Assis. Esta linha é responsável por desmanchar os trabalhos de magia.

2ª Linha de Yemanjá
- Tem falanges das sereias que tem por chefe Oxum. Ainda nessa linha temos a falange das ondinas chefiada por Nanã; falange das caboclas do mar; Indaiá da falange dos Rios; Yara dos marinheiros e Tarimã das Calugas-Caluguinha da Estrela-guia.

3ª Linha do Oriente
- Subdividida pelas falanges do Hindus, dos médicos, dos árabes, chineses, oriente, romanos e outra raças européias.

4ª Linha de Oxossy
- Dividida nas falanges de Urubatão, Arariboia, Caboclo das 7 Encruzilhadas, Águia Branca e muitos outros índios chefes falangeiros que protegem contra magia, dão passes e ensinam o uso das plantas medicinais.

5ª Linha de Xangô
- Dividida nas seguintes falanges: falange de Yansã, do Caboclo do Sol, Caboclo da Lua, Caboclo da Pedra Branca, Caboclo do Vento e Caboclo Treme-Terra.

6ª Linha de Ogun
- Dividida nas falanges de Ogun Beira-Mar, Ogun Iara, Ogun Megê, Ogun Naruê, Ogun Rompe-Mato, esta linha protege os filhos contra as brigas, lutas e demandas.

7ª Linha Africana
- Dividida nas falanges do Povo da Costa, Pai Francisco, Povo do Congo, Povo de Angola, Povo de Luanda, Povo de Cabinda e Povo de Guiné, eles prestam caridades e orientam os fiéis para a prática do bem.

ORIGEM DA UMBANDA

 A umbanda se originou na época em que os escravos, vieram da África para o Brasil.
    Eles tinham um culto a Deuses que eram relacionados, a natureza, como o nosso índio.
    Os índios e os escravos africanos, começaram a viver juntos, sendo assim...
    Os escravos após a chegada dos escravos, no Brasil, eles cultuavam, os Deuses escondidos, dos seus patrões, pois a força da igreja naquela época era muito grande.
    Até que eles os escravos, resolveram fazer, um sincretismo, dos seus Deuses(que veremos mais pra frente) com os santos da igreja católica.
    Se não sua religião seria extinta, a igreja católica nunca deixaria que eles tivessem um credo que cultuasse mais de um Deus.
    Com isso a religião se tornou mais forte, e não precisou se esconder mais, os velhos escravos, começaram que não tinham mais função no campo, ficam na fazenda como curandeiros, pois os seus "donos" tinham pagado, caro por eles, e não dispensariam o seus serviços, eles realmente tinham o dom da cura, eram homens muitos sábios como são agora nossos queridos pretos velhos.
    Se um escravo ficava doente era encaminhado, até a casa de um preto velho para se curar.
    As vezes até os fazendeiros procuravam seus serviços.
    Assim começou o culto aos Orixás.
    Mas depois de Vários anos, surge a umbanda, fundada por um médium de encoorporação.
    No qual não me lembro o nome, e também prefiro não citar nenhum tipo de nome nesta página para não me comprometer depois.
    Assim...
    Começaram a surgir conferências de Umbandistas, ouve a criação de uma organização, que controla todos os terreiros, do Brasil (não sei quanto ao exterior mas pesquisarei), este órgão é a Federação Umbandista Nacional (lembro a todos que nem todos os terreiros são cadastrados neste federação, e obrigado mas nem todos se cadastram).
    Assim surgiu está magnifica religião.

As sete linhas da Umbanda:


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtiRR44kNSOQj0ple21sHV7eC-XpWVeqA5YpEQi8rtDbMQxRdRCapJRQQv8F2J-t-wVPGOKYlK5J-gH5fv30bXYxOAFWEV4QnMA7vmyaS07owGWV1EObmaE57xojLKEdcDjDJrWIbCC7I/s320/7_Linhas2.jpg

1ª- A linhado de Oxalá ou linha do santo. Correspondida a linha cinza. Falanges da igreja Católica. Nessa linha são as falanges Santo Antônio, São Cosme e Damião, Santa Rita, Santa Catarina, Santo Espedito e São Francisco de Assis. Esta linha é responsavel por desmanchar os trabalhos de magia.


 

2ª- A linha de Iemanjá. Tem falanges das sereias que tem por chefe Oxum. Ainda nessa linha tem a falange da Ondinas, chefiada por Nanã (falange das caboclas do mar) Indaiá da falnge dor Ritos, Yara dos marinheiros e Tarimã das Calugas-Caluguinha da Estrela Guia. Correspondente a linha azul.


3ª-A linha do Oriente. Esta linha está subdvidida pelas falanges dos Hindus, Árabes, médicos, chineses, ORIENTE, Romanos e outras Raças européias.


4ª-A linha de Oxóssi. Esta linha também está dividida, pelos falanges de Urubatão, Arariboia, Caboclo da Sete Encruzilhadas, Águia Branca e muitos outros índios chefes falangeiros que protem contra magia, além disso eles dão passes e ensinam o uso da plntas medicinais. Correspondente a linha verde.


5ª-A linha de Xângo-Agodô. essa linha é dividida em cinco falanges: Falange de Yansã, do Caboclo do Sol, Caboclo da Lua, Caboclo da Pedra Branca, Caboclo do Vento e Caboclo Treme-Terra. Correspondente a cor marrom (obs: na imagem cor preta, mas esta errado pois na Umbanda não é usada a cor preta ela é uma cor proibida).

 

6ª- A linha de Ogum. Dividida nas falanges de Ogum Iara, Ogum Beira Mar, Ogum Megê, Ogum Naruê e Ogum Rompe-Mato. Esta linha proteje os filhos contra Brigas, lutas e demandas. Correspondente a vermelho vinho.

 

7ª-A linha Africana Dividida nas Falanges do Povo do Congo, Povo de Angola, Povo de Congo, Povo de Angola, Povo de Luanda, Povo de Cabinda e Povo de Guiné, eles prestam caridades e oridades os fiéis para a prática do bem. 

PONTOS DE DEFUMAÇÃO

To defumando
To defumando
A casa do Bom Jesus da Lapa
Nossa Senhora incensou a Jesus Cristo
Jesus Cristo incensou os filhos seus
Eu incenso
Eu incenso essa casa
Pro mal sair e a felicidade entrar
Eu incenso
Eu incenso essa casa
Na fé de Oxóssi, de Ogum e de Oxalá
=================================
A Umbanda queimou, cheirou guiné
Vamos defumar filhos de fé
A Umbanda queimou, cheirou guiné
Vamos defumar filhos de fé
Defuma eu Babá
Defuma eu Babalaô
Defuma eu Babá
Defuma eu Babalaô
================================
Defuma com as ervas da Jurema
Defuma com arruda e guiné
Alecrim, benjoim e alfazema
Vamos defumar filhos de fé
================================
Com licença Pai Ogum
Filhos quer se defumar
A Umbanda tem fundamento
É preciso preparar
Com arruda e guiné
Alecrim e alfazema
Defuma filhos de fé
Com as ervas da Jurema

PONTOS de DESPEDIDA

O coqueiro do Norte
Está balançando
É a Bahia que está me chamando
================================
Ogum já trabalhou
Ogum ja saravou
Filhos de pe-emba
Que tanto chora
É meu pai Ogum
Que já vai embora
Filhos de pe-emba
Que tanto chora
É meu pai Ogum
Que já foi embora
===============================
A sua terra é longe
E eles vão embora
E vão beirando o rio azul
Adeus a Umbanda que os caboclos
Vão embora
E vão beirando
O rio azul
===============================
Despedida de baiano faz chorar
Faz chorar
Faz soluçar
Despedida de baiano faz chorar
Faz chorar
Faz soluçar
==================================
Despedida das crianças
Andorinha que voa , que voa andorinha
Leva as crianças pro céu Andorinha
Andorinha que voa , que voa andorinha
Leva as crianças pro céu Andorinha
==============================
Oi quem tem pemba joga fora
Maré, Maré
Que os *orixás já vão embora
Maré, maré
--------------------------------------
Oi quem tem pemba joga fora
Maré, maré
Que os *marinheiros vão embora
Maré, maré
*(substitua a palavra orixá pela linha ou nome próprio)

PONTOS dos BAIANOS

É lamp, é lamp, é lamp
É Lamp, é Lampião
O seu nome é Virgulino
Apelido é Lampião
Lampião tava dormindo
acordou todo assustado
deu um tiro na barata
Pensando que era soldado
===============================
Baiano é um povo bom
Povo trabalhador
Baiano é um povo bom
Povo trabalhador
Quem mexe com baiano
Mexe com Nosso Senhor
Quem mexe com baiano
Mexe com Nosso Senhor
==============================
Quem nunca viu, vem ver
Caldeirão sem fundo ferver
Quem nunca viu, vem ver
Caldeirão sem fundo, ferver
==============================
Bahia
ô África
Venha nos ajudar
Bahia
ô África
Venha nos ajudar
Povo baiano, povo africano
Povo baiano, vem cá vem cá
===============================
Baiana faz e não manda
Não tem medo de demanda
Baiana faz e não manda
Não tem medo de demanda
Baiana feiticeira
Filha de Nagô
Trabalha com pó de pemba
Pra ajudar Babalaô
Baiana sim
Baiana vem
Quebra a mandinga com dendê
Baiana sim
Baiana vem
Quebra a mandinga com dendê
================================
Quem tem baiano
Agora que eu quero ver
Firma seu ponto
Com azeite de dendê
Eu quero ver a baianada de Aruanda
Trabalhando na Umbanda
Pra quimbanda não vencer
Eu quero ver a baianada de Aruanda
Trabalhando na Umbanda
Pra quimbanda não vencer
================================
Um baiano um coco
Dois baiano dois coco
Três baiano três coco
Quatro baiano uma cocada
Cinco baiano uma baianada
Cinco baiano uma baianada
Fui fazer uma caçada
Essa foi pequenininha
Com um facão de sete palmos
Fora o cabo e a bainha
Uma cesta de ovo
e setecentas galinhas !!
E o tricô ?
De cima da linha
E o tricô ?
De cima da linha
=================================
Eu to chamando
To chamando, to chamando
To cansado de chamar
To chamando
To chamando
To cansado de chamar
Cadê meu irmão
Que não vem brincar mais eu ?
Cadê meu irmão
Que não vem brincar mais eu ?
===============================
Baiano bom
Baiano bom
Baiano bom é o que sabe trabalhar
Baiano bom
Baiano bom
Baiano bom é o que sabe trabalhar
Baiano bom
É o que sobe no coqueiro
Tira o coco, bebe a água
e deixa o coco no lugar
Baiano bom
É o que sobe no coqueiro
Tira o coco, bebe a água
e deixa o coco no lugar
==============================
Na Bahia tem
Já mandei buscar
Lampião de vidro
Ôi sá Dona
Para trabalhar... ôooo
 

PONTOS DE COSME E DAMIÃO (Linha das Crianças)

Cosme e Damião,
Damião cadê Doun ?
Doun foi passear lá no cavalo de Ogum
Cosme e Damião,
Damião cadê Doun ?
Doun foi passear lá no cavalo de Ogum
Dois dois sereias do mar
Dois dois mamãe Iemanjá
Dois dois sereias do mar
Dois dois mamãe Iemanjá
======================
Cosme e Damião
O que é que eu vou comer ?
- Peixe da maré
- Com azeite de dendê !
=====================
Fui no jardim colher as rosas
A vovózinha deu-me a rosa mais formosa
Fui no jardim colher as rosas
A vovózinha deu-me a rosa mais formosa
Cosme e Damião, ÔOOOh Doun
Crispim , Crispiniano
São os filhos de Ogum
Cosme e Damião, ÔOOOh Doun
Crispim , Crispiniano
São os filhos de Ogum
=====================================
Mariazinha da beira da praia
Como é que sacode a saia ?
É assim, assim, assim
Assim que sacode a saia
É assim, assim, assim
Assim que sacode a saia
Juquinha da beira da praia
Como é se que abana o boné ?
É assim, assim, assim
Assim que se abana o boné
É assim, assim, assim
Assim que se abana o boné
================================
Bahia é terra de dois
Terra de 2 irmãos
Governador da Bahia
É Cosme e São Damião
Bahia é terra de dois
Terra de 2 irmãos
Governador da Bahia
É Cosme e São Damião

PONTOS dos PRETOS-VELHOS

Pai João cadê vó Maria ?
Foi no mato apanhar guiné
Pai José cadê vó Luzia ?
Foi no mato apanhar guiné
Diga a ela quando vier
Que suba as escadas
E não bata o pé
Diga a ela quando vier
Que suba as escadas
E não bata o pé
===============================
Nessa casa tem quatro cantos
Cada canto tem um santo
Pai e filho, Espirito Santo
Nessa casa tem 4 cantos
Zum zum zum
Olha só Jesus quem é
Eu rezo para santas almas
Inimigo cai
Eu fico de pé
============================
O preto por ser preto
Não merece ingratidão
O preto fica branco
Na outra encarnação
No tempo da escravidão
Como o senhor me batia
Eu chamava por Nossa Senhora, Meu Deus!
Como as pancadas doíam
================================
Vovó não quer
Casca de coco no terreiro
Vovó não quer
Casca de coco no terreiro
Pra não lembrar dos tempos do cativeiro
Pra não lembrar dos tempos do cativeiro
Carpiste Angola
Eu to carpinando e tá crescendo
Olha que
Tô carpinando e tá crescendo
Tô carpinando e tá crescendo
=================================
Cambina mamanhê
Cambina Mamãe-nhã
Oi segura a Campina que eu quero ver
Filhos de Umbanda não tem querer
Segura a Campina que eu quero ver
Filhos de Umbanda não tem querer
O Povo de Cambina
oi quando vem pra trabalhar
O Povo de Cambina
oi quando vem pra trabalhar
Todo o povo vem por terra
Campinar vem pelo mar
Todo o povo vem por terra
Campinar vem pelo mar
=================================
Rei Congo, Rei Congo
Cadê preto-velho ?
Foi trabalhar na linha de Congo
É Congo, é Congo, é Congo
é de Congo, é de Congo aruêe
É Congo, é Congo, é Congo
Agora que eu quero ver...
===============================
Tira o cipó do caminho, oi criança
Deixa a vovó atravessar
Tira o cipó do caminho, oi criança
Deixa a vovó atravessar
Eles vem chegando
São os preto velhos que vem trabalhar
Eles vem chegando
São os preto velhos que vem trabalhar
 
 

PONTOS de OXÓSSI e dos CABOCLOS

Dentro da mata virgem
Uma linda cabocla eu vi
Com seu saiote
Feito de penas
É a Jurema filha de Tupi
Com seu saiote
Feito de penas
É a Jurema filha de Tupi
Jurema. Jurema , Jurema
Linda cabocla, filha de Tupi
Ela vem, lá da Juremá
Vem firmar seu ponto
Nesse congar
Ela vem, lá da Juremá
Vem firmar seu ponto
Nesse congar
==========================
Caboclinha da Jurema
Onde é que você vai ?
Vou pra casa de Odé, no terreiro de meu Pai
De Aruanda êee
De Aruanda aah
De Aruanda êee caboclinha de pemba
De Aruanda aah
===============================
Caboclo roxo
Da pele morena
É Seu Oxóssi
Caçador lá da Jurema
Ele jurou e tornou a jurar
E ouviu os conselhos
Que a Jurema vai lhe dar
==========================
Quem manda na mata é Oxóssi
Oxóssi é caçador
Oxóssi é caçador
Eu vi meu pai assobiar
Eu já mandei chamar
Eu vi meu pai assobiar
Eu já mandei chamar
É de Aruanda êeee
É de Aruanda aaaa
Seu Junco Verde é Aruanda
É de Aruanda aaaa
===========================
Não chores não caboclinho
Pra que chorar
A casa é sua caboclinho
Prá trabalhar
Oi olhe agora
E venha receber
Ogum de Ronda
Meu Pai Baluaê
==============================
Curimbembê, Curimbembá
Sete Flechas um grande orixá
Com sete dias de nascido
A Jurema o encontrou
Deitado na folha seca
O caboclo ela criou
Curimbembê, Curimbembá
Sete Flechas um grande orixá
Nasceu na mata de Oxóssi
Na aldeia de Juremá
O caboclo Sete Flechas
Iluminado por Oxalá
=====================
Oxóssi êeee
Oxóssi aaaaa
Oxóssi é marambolê, marambolá
Quem é aquele que vem lá de Aruanda
Montado em seu cavalo
Com seu chapéu de banda
Ele é Oxóssi de Aruanda eeeeee
Ele é Oxóssi de Aruanda aaaaa
===============================
Caboclo venceu demanda
Para o povo de Umbanda
Na ponta da sua flecha
Quando veio de Aruanda
Venceu...
Caboclo venceu...
No fundo da mata virgem
Oxalá gritou
- Esse filho é meu !!!
Esse filho é meu !!!
===============================
Onde está a Jurema?
A Jurema a onde está ?
Tá procurando os capangueiros
Que ainda estão na Juremá
Quem mandou chamar
Em nome do Pai Oxalá?
Foi seu Oxóssi caçador
Que já baixou nesse congar
Salve todo o povo da Jurema
Salve sua luz
Seu jacutá
Levando a todos lares e seus filhos
Trazendo paz e amor
Na fé de Oxalá
=========================
Oxalá chamou !
Oxalá chamou e já mandou buscar
Os caboclos da Jurema
Pro seu Juremá
Pai Oxalá
É o rei do mundo inteiro
Já deu ordens pra Jurema
Chamar seus capangueiros
Mandai, Mandai
Minha cabocla Jurema
Os seus guerreiros
Essa é a ordem suprema !!
===============================
Ogan segura o toque
Com Deus e a Virgem Maria
Ogan segura o toque
Com Deus e a Virgem Maria
Por Oxalá Meu Pai
Saravá Seu Ventania
Por Oxalá Meu Pai
Saravá Seu Ventania
===============================
Um grito na mata ecoou
Foi seu pena branca que chegou
Com sua flecha
Com seu cocar
Seu Pena Branca vem nos ajudar
Com sua flecha
Com seu cocar
Seu Pena Branca vem nos ajudar
=================================
Saravá seu Pena Branca
Saravá seu apache
Pega flecha e seu bodoque
Pra defender filhos de fé
Ele vem de Aruanda
Trabalhar neste casuá
Saravá Seu Pena Branca
No terreiro de Oxalá
Sua flecha vai certeira
Vai pegar no feiticeiro
Que fez juras e mandingas
Para o filho do terreiro
Pega o arco , atira a flecha
Que esse bicho é caçador
Além de ser castigo
Ele é merecedor
===============================
Ele atirou
Ele atirou e ninguém viu
Só seu Flecheiro é que sabe
A onde a flecha caiu
Ele atirou!
 
=================================
Tupinambá é canga na batalha
Tupinambá ee Tupinambá
Tupinambá guerreiro de Oxóssi
Tupinambá ee Tupinambá
Tupinambá vem defender seus filhos
Tupinambá ee Tupinambá
Só não apanha
Folha da Jurema
Sem ordem suprema
Do Pai Oxalá
Só não apanha
Folha da Jurema
Sem ordem suprema
Do Pai Oxalá
==============================
Tava na beira do rio
Sem poder atravessar
eu chamei pelos caboclos
Caboclo Tupinambá
eu chamei pelos caboclos
Caboclo Tupinambá
Tupinambá chamei
Chamei tornei chamar eaahhh
Tupinambá chamei
Chamei tornei chamar eaahhh
==============================
Ele é caboclo ele é
Flexeiro
tumba la catunga
e matador
de feiticeiro
tumba la catunga
ele vai firma seu ponto
ele já firmo é na Angola
oi tumba la catunga

=============================
Caboclo Tupi-Nambá

Tupi-Nambá, Tupi Nambá
Já mandô a falange e vamos trabalhar
E bota fogo no terreiro 
Que chegô Tupi Nambá
Flecheiro ele é...
Um lindo guerreiro 
Que vem de Aruanda
Para trabalhar..

PONTOS de OGUM

Seu Ogum Beira Mar
O que trouxes do mar ?
Seu Ogum Beira Mar
O que trouxes do mar ?
Quando ele vem
Beirando a areia
Vem trazendo no braço direito
O rosário de Mamãe Sereia
Quando ele vem
Beirando a areia
Vem trazendo no braço direito
O rosário de Mamãe Sereia
==============================
Ogum em seu cavalo corre
E a sua espada reluz
Ogum em seu cavalo corre
E a sua espada reluz
Ogum, Ogum Megê
Sua bandeira cobre os filhos de Jesus
Ogunhê
==============================
Se meu pai é Ogum
Vencedor de demanda
Ele vem de Aruanda
Pra salvar filhos de umbanda
Ogum, Ogum, Ogum Iara
Ogum, Ogum, Ogum Iara
Salve os campos de batalha
Salve as sereias do mar
Ogum, Ogum Iara
Ogum, Ogum Iara
================================
Ogum venceu demanda
Nos campos do Humaitá
Ogum venceu demanda
Nos campos do Humaitá
Cruzou sua espada na areia
Lavou seu escudo no mar
Cruzou sua espada na areia
Lavou seu escudo no mar
=============================
Em seu cavalo branco ele vem montado
Calçando botas ele, vem armado
O vinde , vinde , vinde
Nosso Salvador
O vinde , vinde , vinde
São Jorge defensor
=============================
Ogum não devia beber
Ogum não devia fumar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
A fumaça é as nuvens que passam
E a cerveja é a espuma do mar
===============================
Cavaleiro na porta bateu
Eu passei a mão na pemba para ver quem era...
Cavaleiro na porta bateu
Eu passei a mão na pemba para ver quem era...
Era São Jorge guerreiro, minha gente !
Cavaleiro na força e na fé
Era São Jorge guerreiro, minha gente !
Cavaleiro na força e na fé
===============================
Eu venho de Alta cidade
Venho saudar a aldeia de umbanda
Estou saudando São Jorge Guerreiro
Com licença de Ogum da Ronda
================================
Ogum de Ronda
Salve Ogum de Ronda
Salve Ogum de Ronda que acaba de chegar
Ogum de Ronda
Ele é guerreiro
Chegou nesse terreiro
Pro seus filhos ajudar
Ogum de Ronda
Em seu cavalo branco
Corre em todas as campinas
Do nosso pai Oxalá
Ogum de Ronda
Salve Ogum de Ronda
Salve Ogum de Ronda que acaba de chegar
================================
Que cavaleiro é aquele
Que vem cavalgando pelo céu azul
É seu Ogum Rompe Mato
Ele é defensor do cruzeiro do Sul
E a e
E e aaaa
E e e seu Ventania
Pisa na Umbanda
E a e
E e aaaa
E e e seu Ogum
Pisa na Umbanda
Olha que barco bonito
Que vem navegando em pleno mar
É seu Ogum Sete Ondas
Que vem ao encontro
De Ogum Beira Mar
================================
Ogum de Lei
Não me deixes sofrer tanto assim
Meu pai
Ogum de Lei
Não me deixes sofrer tanto assim
Meu pai
Quando eu morrer
Vou passar em Aruanda
Saravá Ogum
Saravá Seu Sete Ondas
Quando eu morrer
Vou passar em Aruanda
Saravá Ogum
Saravá Seu Sete Ondas 

================================
 Ogum 7 Encruzilhadas
Ogum... O rei das 7 Encruzilhadas!
Ogum... Ele é guerreiro da Umbanda
Mais é... Onde mora, onde corre a pemba
E vem salvar o reino do Pai Oxalá
----------------

Ogum Mirim

Ogum Mirim vem d' Areia
Ogum MIrim vem do Mar
Ogum Mirim vem das Aguas
Prá salvar Mae Yemanjá
------------------

Ogum Beira Mar

Beira Mar aué Beira Mar !!....
Beira Mar aué Beira Mar !!...
Ogum já jurou bandeira 
Nos campos de Humaitá
Ogum já venceu demanda
Vamos todos saravar
-------------------

Ogum Naroye ( Naruê)

Ogum Naruê chegou
Ogum Naruê baixou
Prá salvar filhos da Umbanda
Ogum não me saravô
------------------

Ogum da Lua

Ogum da Lua 
Ogum babalorixá
Ogum da Lua 
Ele é filho de Yemanjá
Se os caminhos tão trancados
Foi o povo quem trancou
Saravá povo de Irê
Saravá povo Nagô
Em seu cavalo branco 
Rei Ogum montou
Passo por minha choupana
E não me saravô
--------------

Ogum das Matas

A Mata Virgem morava escura
E um raio a iluminou
Oi virgem a mata virgem
Ogum das Matas que chegou!

 

PONTOS DE XANGÔ

Pedra rolou pra Xangô
Lá nas pedreiras
Afirma o ponto meu pai
Na cachoeira
Pedra rolou pra Xangô
Lá nas pedreiras
Afirma o ponto meu pai
Na cachoeira
Tenho meu corpo fechado
Xangô é meu protetor
Afirma o ponto meu pai
Pai de cabeça é Xangô
Tenho meu corpo fechado
Xangô é meu protetor
Afirma o ponto meu pai
Pai de cabeça chegou
=====================
Quem rola as pedras na pedreira é Xangô
Quem rola as pedras na pedreira é Xangô
Giro na coroa de Zambi
Giro na coroa de Zambi
Giro na coroa de Zambi
é Xangô
Giro na coroa de Zambi
Girooo
Giro mas saravá meu pai Xangô
Quem é quem vence as demandas ?
Quem é o dono das Pedras ?
é Xangô
======================================
Lá em cima daquelas pedreiras
Tem um livro que é de Xangô
Lá em cima daquelas pedreiras
Tem um livro que é de Xangô
Kaô, Kaô, Kaô cabeciem
==========================
Xangô morreu de velho
Na pedra ele escreveu
- Justiça meu Pai , Justiça !
Ganhou quem mereceu
- Justiça meu Pai , Justiça !
Ganhou quem mereceu
=============================
Xangô meu pai
deixa está pedreira aí
Xangô meu pai
deixa está pedreira aí
que umbanda tá lhe chamando
deixa está pedreira aí
que a umbanda tá lhe chamando
deixa está pedreira aí
===================================
O Gino olha sua banda
O Gino olha o seu conga
a onde o rochinol cantava
a onde Xangô morava
ele é filho da cobra coral
ele é filho da cobra coral
ele é filho da cobra coral
Kâo

PONTOS DA MAMÃE OXUM

O viva Oxum
Iansã e Nanã
Mamãe Sereia
Viemos saudar
Oi me leva
Pras ondas grandes
Eu quero ver as sereias cantar
Eu quero ver os caboclinhos na areia
Oi como brincam com Iemanjá
Aruê, ê, ê, êeee
Aruê Mamãe é dona do mar
Aruê, ê, ê, êeee
Aruê Mamãe é dona do mar
========================
Eu vi a mamãe Oxum
Sentada na cachoeira
Colhendo os lírios, lírios ê
Colhendo os lírios, lírios Ah
Colhendo lírios pra enfeitar nosso congar
Colhendo os lírios, lírios ê
Colhendo os lírios, lírios Ah
Colhendo lírios pra enfeitar nosso congar

PONTOS DE IEMANJÁ e das SEREIAS DO MAR

Eram duas ventarolas
Duas ventarolas que sopravam sobre o mar
Eram duas ventarolas
Duas ventarolas que sopravam sobre o mar
Uma era Iansã, Ieparrê
A outra era Iemanjá, adoceáh
Uma era Iansã, Ieparrê
A outra era Iemanjá, adoceáh
=====================
Eu vou jogar
Vou jogar flores no mar
Eu vou jogar !
Uma promessa eu fiz
Para Deusa do mar
O meu pedido atendeu
Eu prometi vou pagar
Eu vou jogar
Vou jogar flores no mar
Eu vou jogar !
===================================
ê Iemanjá
ê Iemanjá
Rainha das ondas, sereias do mar
Rainha das ondas, sereias do mar
Como é lindo o canto de Iemanjá
Faz até o pescador chorar
Quem ouvir a mãe d'água cantar
Vai com ela pro fundo do mar
Iemanjá !
Iemanjá é
Rainha das ondas, sereias do mar
Rainha das ondas, sereias do mar
=============================
O Janaina
Princesa d'água
Solte os cabelos Janaina
E caia n'água
==============================
Janaina eehh
Janaina eaahh
Que vive na terra
Que vive na lua
Que vive na água
Que vive no mar
Me livre dos inimigos
Me livre das aflições
Me livre dos perigos
Me livre das tentações
Janaina eeh
Janaina eah
========================
O sereia o sereia
vosso filho tá chamando
sereia
você tem que ajudar
sereia

Pontos de Iansã

Minha Santa Bárbara
Virgem da coroa
Pelo amor de Deus Santa Bárbara
Não me deixe a toa
Minha Santa Bárbara
Virgem da coroa
A Coroa é dela Xangô
É da pedra de ouro.
=================================
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor
Iansã tem um leque de penas
Pra abanar em dia de calor
Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô
Iansã mora nas pedreiras
Eu quero ver meu pai Xangô
 

PONTOS CANTADOS DE UMBANDA

HINO DA UMBANDA

Refletiu a luz divina
com todo seu esplendor
é do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio, de Aruanda
Para todos iluminar
A Umbanda é paz e amor
É um mundo cheio de luz
É a força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.
Avante filhos de fé,
Como a nossa lei não há,
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá !
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá !

=======================

PONTO DE ABERTURA e FECHAMENTO das GIRAS

Vou abrir minha Jurema
Vou abrir meu Juremá
Vou abrir minha Jurema
Vou abrir meu Juremá
Com licença de mamãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá
Com licença de mamãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá
Já abri minha Jurema
Já abri meu Juremá
Já abri minha Jurema
Já abri meu Juremá
Com licença de mamãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá
Com licença de mamãe Iansã
E de Nosso Pai Oxalá
==========================
Eu abro a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu abro a nossa gira
Sambolê pemba de angola
Eu abro a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu abro a nossa gira
Sambolê pemba de angola
Abriu, abriu, abriu
Abriu deixa abrir
Com as forças da Jurema
Jurema Juremá
==============================
Vamos abrir a nossa gira
Com licença de Oxalá
Vamos abrir a nossa gira
Com licença de Oxalá
Salve Xangô
Salve Iemanjá
Mamãe Oxum, Nanã Buroquê
Salve Cosme e Damião
Oxóssi, Ogum
Oxumaré
Salve Cosme e Damião
Oxóssi, Ogum
Oxumaré
===============================
Eu fecho a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu fecho a nossa gira
Sambolê pemba de angola
Eu fecho a nossa gira
Com Deus e Nossa Senhora
Eu fecho a nossa gira
Sambolê pemba de angola
Fechou, fechou, fechou
Fechou deixa fechar
Com as forças da Jurema
Jurema Juremá
==============================
Vamos fechar a nossa gira
Com licença de Oxalá
Vamos fechar a nossa gira
Com licença de Oxalá
Salve Xangô
Salve Iemanjá
Mamãe Oxum, Nanã Buroquê
Salve Cosme e Damião
Oxóssi, Ogum
Oxumaré
Salve Cosme e Damião
Oxóssi, Ogum
Oxumaré
===============================
Estrela da Guia
Que guiou nossos pais
Guiai nossos filhos
Pros caminhos que eles vais.
==========================
  PONTO DE SAUDAÇÃO À OXALÁ
Meu Pai Oxalá
É o Rei, venha me valer
Meu Pai Oxalá
É o Rei, venha me valer
O velho Omulu
Atotô Baluaê
Atotô Baluaê
Atotô Baluaê
Atotô Baba
Atotô Baluaê
Atotô é orixá
===========================
Oxalá meu pai
Tem pena de nós, tem dó
Se as voltas no mundo é grande
Seus poderes são maior
Oxalá meu pai
Tem pena de nós, tem dó
Se as voltas no mundo é grande
Seus poderes são maior
O malei malei
O malei malá
O malei malei
Salve as forças de Oxalá !

domingo, 3 de outubro de 2010

CABOCLO TUPÃ


Caboclo Tupã nascido na tribo dos Tupis, em meados de 1580 a 1615.
Filho do caboclo tupi e a cabocla Jacira, tem como irmã da Cabocla Jurema, sobrinho de Tupinambá e Caboclo das 7 Flechas, seus primos Caboclo Tupiara, Caboclo Tupi Mirim, Caboclo Flecheiro e Cabocla Jurema Flecheira, com sua esposa Cabocla Luaci gerou as caboclas Guaraciara e Ceuci.
O Caboclo Tupã tem sua linha originaria em Oxóssi, hoje possui Falanges montadas nas 7 Linhas, tem médiuns de trabalho nas linhas de: Oxóssi, Oxalá, Xangô, Ogum e Iemanjá, isso se explica pelo seu crescimento no sentido à Luz!
Caboclo com grande capacidade de atuação nos tronos da Fé, Conhecimento, Geração, Lei e Justiça.
Muitos ao primeiro contato o acham bravo, mas não passa de impressão, ele é sim enérgico, justo e paciente.
É um grande Guerreiro, grande líder foi um grande Cacique.
O que nos passou de sua historia foi que fez sua passagem com aproximadamente 33 anos, através da chegada e pelas mãos do homem branco.
Caboclo com brado forte, firme e de grande vibração, sua postura é uma característica marcante, sempre a mesma nos médiuns, independente da Linha em que estejam atuando, postura de fácil reconhecimento.
Seu ponto de chamada:
"Estrela Matutina
Estrela que Clareia o Mar >–> Bis
Ele é o Pai Tupã Aqui na Terra
Aue,… Aue,… Aua …."

Desabafo de Caboclo

Infelizmente muitas pessoas ainda procuram a Umbanda somente quando estão no auge do seu desespero, achando que ao chegar lá receberão respostas às suas dúvidas e todos os seus problemas estarão resolvidos, sem o menor esforço. Agradeço a confiança na Umbanda, mas tenho que confessar que as coisas não são bem assim...Para alcançar seus objetivos é necessário perseverança, fé e acima de tudo: merecimento!!!
Essa semana na gira de Caboclo algumas coisas me chamaram a atenção, duas em especial: o fato de muitos chegarem no terreiro a procura de respostas, porém procuram "aquela" resposta, a que vai de encontro com sua vontade, com sua expectativa. Caboclos não passam a mão na cabeça de ninguém, portanto irão falar a verdade, nua e crua, do jeito que ela é. O outro fato é um tanto triste e vem junto com esse: vi alguns que, ao sairem sem a resposta que gostariam de ouvir, blasfemavam contra o médium e por incrível que pareça contra o próprio Caboclo ...

Atentemos ao seguinte fato: "o médium pode ser novo, mas a entidade não", então, respeitem as entidades... E como eles mesmos dizem: "Caboclo é Caboclo, não tem que ficar escolhendo..."


Já comentei na matéria "Discernimento e cuidado" que muitos procuram pelos médiuns e não pelas entidades, e fazem deles o seu porto seguro...Não se esqueçam que médiuns são pessoas comuns como você, passíveis de erro, e médium sem entidade não é nada...




Procure a Umbanda, assim como todas as outras religiões, não somente no seu desespero mas também na sua alegria, no momento de agradecimento.


Procure a Umbanda, assim como todas as outras religiões, sempre que precisar, mas não se esqueça de uma coisa: RESPEITO
Respeite a casa, respeite o médium, respeite as entidades...principalmente as entidades, mesmo se elas não disserem aquilo que você quer ouvir, pode ser que naquela discordância esteja o verdadeiro caminho que você deve seguir...

A Lenda da Iara

A Lenda da Iara, a deusa das águas, traduz a relação do caboclo com o mundo aquático da Amazônia, cuja paisagem ganhou do poeta baré Thiago de Mello o nome de “Pátria das Águas”. Essa interação permanente do Amazônas com as águas gerou a chamada civilização ribeirinha, na qual os rios, lagos, igarapés e igapós são fontes da vida, da morte e do imaginário regional.
São caminhos, referências e habitat naturais dos que vivem ou viveram, durante séculos, às margens do grande rio Amazonas e de seus inumeráveis tributários, herança cultural que recebemos de nossos ancestrais indígenas e portugueses.
Mas a relação do caboclo com os rios não é apenas uma conjunção física e conjuntural, vai muito além do campo material, é sensível e presente. Nunca suas histórias são contadas no tempo passado, são presentes como se estivessem acontecendo naquele momento, ali mesmo.
Os colonizadores também foram vencidos pelas águas da região, assimilando a cultura ribeirinha milenar, mas incorporando à descendência cabocla lembranças do além-mar, formadas no novo ambiente cultural. Assim nasceu a Iara, o Boto e tantas outras lendas que hoje compõem a legião dos encantados da cultura amazônica. Os encantados, aliás, estão em todos os lugares, como afirma o poeta e escritor paraense João de Jesus Paes Loureiro – estão entre os índios e caboclos, entre o céu e a terra, nas selvas, nos campos, no fundo das águas...
Segundo Paes Loureiro, “a Iara – Mãe d’Água – vive nas encantarias do fundo dos rios. Ela atrai os moços e os fascina, mostrando-lhes seu rosto belíssimo à flor das águas e deixando submersa a cauda de peixe. Para seduzi-los, faz promessas de todos os gêneros. Para aumentar o estado de encantamento canta belas melodias com voz maviosa.
Convida-os a irem com ela para o fundo das águas do rio – onde se localiza a encantaria – sob a promessa de uma eterna bem-aventurança em seu palácio, onde a vida é uma felicidade sem fim. Quem tiver visto seu rosto uma única vez jamais poderá esquecê-lo. Pode até, no primeiro momento, resistir-lhe aos encantos por medo ou precaução. No entanto, mais cedo ou mais tarde acabará por se atirar no rio em sua busca, levado pelo desejo ardoroso de juntar seu corpo ao dela”.

O historiador Vicente Salles conceitua Iara como a mais perfeita convergência cultural na mítica amazônica, reunindo figuras antológicas de vários continentes: Sereia, Ondina, Loreley, Mãe-d’Água, Iemanjá. É uma simbiose encantada de mulher tentadora, sensual, apresentada com rosto europeu e longos cabelos e que recorre à magia do canto para exercer a sua irresistível atração fatal sobre navegantes e moradores da beira-do-rio, preferencialmente jovens.

Os indígenas também possuem inúmeras entidades aquáticas, mas nenhuma delas com as qualidades malignas e fatais de Iara. Sempre encontram remédio para as maldades, sublimando inclusive a morte. Para eles, o rio representa a fonte de sobrevivência e não da morte no “espelho do amor”. Por outro lado, o índio não reprime a sexualidade pelos arreios da sua cultura ou da civilização cristã do branco, razão pela qual não se vale de entes sensuais na sua mitologia. Sempre cita a beleza das cunhãs como referência estética e não como objeto do libido. A sua Mãe-d’Água é a guardiã dos rios, bondosa e se materializa nas plantas e flores aquáticas que alimentam os peixes, segundo lendas da algumas tribos.

Raimundo Moraes credita às leituras da Odisséia de Homero, feitas pelos colonizadores lusitanos, a lenda da Iara, configurada como uma linda mulher, metade gente e metade peixe, belos cabelos compridos, busto cheio e cauda de escamas multicoloridas, que vive nas margens dos rios e igarapés, seduzindo o caboclo para arrastá-lo ao fundo das águas. O pesquisador diz que a entidade também pode materializar-se em forma de lontra, no perfil de garça ou sob as penas da cigana para encantar o ribeirinho.

As observações do historiador repousam em pesquisas feitas na região amazônica e na leitura dos clássicos da literatura universal que apontam convergência entre a mitológica Sereia e a Iara amazônica. Navegador por excelência, o colonizaador português assimilou as lendas do mar e trouxe para cá suas tradições seculares. Os Lusíadas, de Luís de Camões, menciona várias vezes a presença de Sereias na rota dos navegadores lusitanos, lembrança de outros autores clássicos como Virgílio (Eneida), Heródoto (Epítetos) e Homero (Ilíada e Odisséia). Todos referindo-se à figura sedutora e fatal da entidade similar, ora na forma de mulher, ora feita ave ou animal anfíbio.

O Barão de Santana Neri, falando sobre o folclore brasileiro, descreve a Iara como uma mulher branca, de olhos verdes e cabeleira loura, conceitos pesquisados nos Estados do Pará e Amazonas. Diz ainda que sua beleza física, seus métodos de sedução e sua residência submersa revelam origem alienígena. A oferta de tesouros e palácios, por exemplo, também confessa uma cultura importada, vez que os aborígenes desconheciam esses valores. Já o folclorista Câmara Cascudo, cobra possível contribuição do negro na lenda da Iara, lembrando a sereia africana Kianda e até a figura poderosa de Osum, orixá dos lagos, lagoas e rios, da teogonia negra. Iemanjá, deusa das águas, também é lembrada como inspiradora do mito amazônico. Contudo, s Mães-d’Água africanas, com suas liturgias e rituais em nada lembram a nossa deusa das águas, a não ser a morada.

O mito da Iara, aliás, como já foi dito, pode ser reconhecido em várias culturas. Na Espanha chama-se Sirena; na Grécia, a mitológica Nereidas; na Alemanha, a nórdica Loreley; a Kianda africana e a portuguesa Sereia, criaturas das águas que enamoram os homens e os levam à morte. Mas o seu estereótipo físico e malévolo garante a origem portuguesa do mito amazônico, inspirado nas cantos de Homero e nas esculturas de Praxíteles e Escopo. O colonizador, que chegou com a fé cristã e os costumes europeus, também trouxe na bagagem suas lendas, mitos e superstições, muitas delas modificadas ao longo do tempo na convivência cabocla, que lhes emprestou e recebeu valores, coroando a fronte da Iara com flores lilás do mururé, por exemplo.

A suprema sabedoria do amazônida, que soube usar a lenda do Boto para aplacar a ira de maridos traídos e pais enganados, quando suas mulheres ou filhas engravidam fora do domínio doméstico, também justifica na sedução da Iara a fuga ou o desaparecimento de seus entes queridos.
 

OXOSSI E A LENDA DO ORÔ

Diz uma das lendas que certo dia Osossì chegou a sua aldeia, quase arriando pelo peso da capanga, das cabaças vazias e pelo cansaço de rastrear a caça rara. Oxun, sua mulher e mãe de seu filho olhou para ele e pensou: "só caçou desgraça". Pois a desgraça para Osossì foi prevista por Ifá, que alertou Oxun. Porém, quando ela contou a Osossì sobre essa previsão, ele disse que a desgraça era a fome, a mulher sem leite, e a criança sem carinho. E que desgraça maior era o medo do homem. Quando Osossì se aproximou de Osun, ela notou que ele trazia algo na capanga, sentiu medo e alegria. Havia a caça na capanga do marido e ela imaginou se seria um bicho de pelo ou de pena.
Ansiosa, perguntou a ele, que respondeu: "Trago a carne que rasteja na terra e na água, na mata e no rio, o bicho que se enrosca em si mesmo". Falando isto retirou da capanga os pedaços de uma grande Dan (cobra). O bicho revirava a cabeça e os olhos, agitava a língua partida e cantava triste: "Não sou bicho de pena Para Osossì matar". A grande Dan pertencia a Sàngó e Osossì não poderia matá-la.
Osun fugiu temendo a vingança de Sàngó, indo até Ifá que disse: "A justiça será feita, assim o corpo de Osossì irá desaparecer, desaparecerá da memória de Osunmaré e a quizila desaparecerá da vingança de Sàngó".
Fazia também parte da punição que ele saísse da memória do povo de Ketu. Assim, Osossì ficou sete anos esquecido.

No dia de Orunkó (o nome de santo de cada um), ao ser dado as diginas aos Orixás, o povo de Ketu começou a chorar por não se lembrar do nome de seu rei. Abaixaram os olhos e tentaram compreender por que nunca se lembravam dele.
Então, Ifá ensinou-lhes um orô (reza que se faz para o sacrifício de animais):
Omo - Odé - Lailai
Omo - Odé - Kosajô
Abaderoco Koisô
Omo - Odé - Kosajô
Após o orô, o povo começou a se lembrar dele. Ifá disse que esse era o orô de Osossì, o Orixá caçador, corajoso Rei de Ketu e rei da caça, que nada temia e preservava a vida de seus filhos e dos filhos dos filhos de seus filhos.
OSOSSÌ não morreu, ele encantou-se para sempre, pois tem medo de frio, por isso não gosta de EKU, a morte

A lenda do Caboclo Pena Branca


Nasceu em aproximadamente 1425, na região central do Brasil, hoje, entre Brasília e Goiás, onde seu pai era o Cacique da tribo.
Era o filho mais velho de seus pais e desde cedo se mostrou com um diferencial entre os outros índios da mesma tribo, era de uma extraordinária inteligência.
Na época não havia o costume de fazer trocas de alimentos entre tribos, apenas algumas faziam isto, pois havia uma cultura de subsistência, mas o Cacique Pena Branca foi um dos primeiros a incentivar a melhora de condições das tribos, e por isso assumiu a tarefa de fazer trocas com outras tribos, entre elas a Jê ou Tapuia, e Nuaruaque ou Caríba.
Quando fazia uma de suas peregrinações ele conheceu na região do nordeste brasileiro (hoje Bahia), uma índia que viria a ser a sua mulher, chamava-se "Flor da Manhã" a qual foi sempre o seu apoio.
Como cacique, foi respeitado pela sua tribo de tupis, assim como por todas as outras tribos e continuou, apesar disso, seu trabalho de itinerante por todo o Brasil na tentativa de fortalecer e unir a cultura indígena.
Certo dia Pena Branca estava em cima de um monte na região da atual Bahia, e foi o primeiro a avistar a chegada dos portugueses nas suas naus, com grandes cruzes vermelhas no leme.
Esteve presente na 1ª missa realizada no Brasil pelos jesuítas, na figura de Frei Henrique de Coimbra.
Desde então procurou ser o porta-voz entre índios e os portugueses, sendo precavido pela desconfiança das intenções daqueles homens brancos que ofereciam objetos, como espelhos e pentes, para agradá-los.
Aprendeu rapidamente o português e a cultura cristã com os jesuítas.
Teve grande contato com os corsários franceses que conseguiram penetrar (sem o conhecimento dos portugueses) na costa brasileira - muito antes das grandes invasões de 1555 - aprendeu também a falar o francês.
Os escambos, comércio de pau-brasil entre índios e portugueses, eram vistos com reservas por Pena Branca, pois ali começaram as épocas de escravidão indígena e a intenção de Pena Branca sempre foi a de progredir culturalmente com a chegada desses novos povos, aos quais ele chamava de amigos.
Morre com 104 anos de idade, em 1529, o Cacique Pena Branca, deixando grande saudade em todos os índios do Brasil, sendo reconhecido na espiritualidade como servidor na assistência aos índios brasileiros, junto com outros espíritos, como o Cacique Cobra Coral.
Apesar de não ter conhecido o Padre José de Anchieta em vida, já que este chegou ao Brasil em meados de 1554, Pena Branca foi um dos espíritos que ajudou este abnegado jesuíta no seu desligamento desencarnatório.

Responsável pela proteção da casa de investidas de espíritos das trevas, pela reposição fluídica do NEC, comandando equipes socorristas e agindo nas atividades de passes.
Desde a fundação do NEC, o Caboclo Pena Branca foi designado por Dr. Romano para assumir essas tarefas, pelo domínio e conhecimento profundos que ele tem sobre manipulação fluídica e sobre os recursos da natureza, sendo grande colaborador de trabalhos de cura.

A LENDA DO CABOCLO PARAGUASSU - Frank Oliveira


Conta a lenda, que uma Menininha da Tribo da Umbanda estava perdida por essas matas da vida, quando surgiu um Caboclo para lhe ajudar:

- Meu nome é Paraguassu! - disse o Caboclo - E eu vou te guiar!

A menininha ficou feliz, pois sabia que o Caboclo Paraguassu era um guia experiente que vivia nas florestas e que ao lado dele, estaria protegida de qualquer perigo, porém, a medida que ela lembrava disso, recordou também as vozes distantes da tradição da sua tribo que dizia: "mulher nenhuma pode ser guiada pelo Caboclo Paraguassu! Só homens são merecedores dessa honra"

Então, a Menininha ficou confusa. De certo, estava perdida; mas se nenhuma mulher tinha sido escolhida por aquele caboclo até então, ela só poderia estar caindo nas garras do Caboclo Curupira, que desejava roubar-lhe a alma, fazendo-se passar pelo Caboclo dos caboclos.

Nesse momento, Paraguassu desapareceu, e a Menininha continuou perdida, e assim ficaria, talvez por toda a sua vida, mas o Caboclo reapareceu, mais adiante, e tornou a se apresentar:

- Meu nome é Paraguassu! - disse novamente o Caboclo - Não tenha dúvidas, se eu apareci para ti; é que Eu sou o Caboclo que vou te guiar!

Ela, então, percebeu o quanto tola estava sendo por duvidar da sua experiência e só levar em consideração a tradição. O conhecimento evolui, assim como tudo na natureza; e o que vale para uma geração, talvez não sirva mais para quem vem depois.

- Os tempos são outros - foi lhe dizendo o Caboclo - E os caboclos da Floresta Eterna não escolhem quem eles devem guiar pelo corpo que os seus filhos usam; e sim pela pena fincada em seu coração. E a sua pena, filha querida, tem a cor roxa da nobreza e do respeito.

A Menininha, então, foi levada de volta a sua tribo, e lá chegando, foi logo contando a todos, o que tinha ocorrido; porém, seus familiares e amigos e todas as pessoas da sua tribo receberam a revelação com desconfiança. Ela era muito nova para ser guiada por aquele Caboclo Encantado, e além disso, ele só aparecia para os grandes homens.

Diante daquela confusão; o Pajé chamou toda a tribo e anunciou:

- Acalmem os seus corações, pois o que essa menina diz é verdade! - todos olhavam incrédulos, mas o Chefe da Tribo tinha a voz da razão - O próprio Paraguassu veio me contar e todos sabem, que é esse Caboclo que sempre me guia, bem à frente das minhas trilhas. A floresta escolheu essa menina para nos lembrar que devemos ser sempre como o bambu para a evolução dos tempos não nos quebrar. A tradição é importante, mais muito mais relevante são as vozes de nossos corações através da experiência individual. Somos todos Filhos de Tupã e o nosso mérito nessa amada escola não é dado pelo corpo que vestimos e sim pela alma que o veste. Portanto, meus filhos e amigos, preparam-se para as mudanças que já estão ocorrendo dentro de vocês mesmos!

A HISTÓRIA DE SÃO COSME E DAMIÃO


São Cosme e São Damião eram irmãos gêmeos e nasceram na Arábia por volta do século III, em meio a uma nobre família. Estudaram medicina na Síria, e depois foram para Egéia. Circunstâncias desconhecidas os colocaram em contato com o Cristianismo e se tornaram animados discípulos de Cristo.
Aproveitando da sua arte médica, mas confiando muito mais no poder da oração e na confiança em Deus, os dois irmãos continuavam a exercer a medicina, conseguindo êxito extraordinário. Não recebiam pagamento por seus serviços médicos -- daí serem chamados "anárgiros", ou seja, que "não são comprados por dinheiro" -- porque seu objetivo principal era a conversão dos pagãos à fé cristã. De fato, conseguiram deitar a semente cristã em muitos corações e numerosas foram as conversões.
Assim viveram alguns anos como médicos e missionários na Ásia Menor. No entanto, esta atividade devia chamar a atenção das autoridades, ainda mais que tinha estourado a terrível perseguição do Imperador Diocleciano contra os cristãos, por volta do ano 300. O Governo Imperial, então, ordenou a prisão dos dois médicos, sob acusação de inimigos dos deuses pagãos.
Perante o tribunal, o governador os interpelou sobre sua pátria e religião. Acusados de se entregarem a feitiçarias e usar meios diabólicos para disfarçar as próprias curas, eles responderam: "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder". "É preciso que adoreis os deuses, sob pena de cruel tortura", disse o governador. Ao que eles responderam: "Teus deuses não têm poder algum; nós adoramos o Criador do Céu e da Terra !"
Como se recusassem a renunciar a seus princípios religiosos, o governador mandou aplicar-lhes tormentos bárbaros. Vendo, porém, que estes processos eram inúteis, deu ordem para que fossem decapitados. Cosme e Damião morreram mártires em 303, na Egéia.
Seus restos mortais foram transportados para Cira, na Síria, e depositados numa igreja a eles consagrada. Uma parte das relíquias foi levada, no século VI, à Roma, e depositada na igreja que adotou o nome dos santos. Outra parte foi guardada no altar-mor da igreja de São Miguel, em Munique, na Baviera. Os santos gêmeos são cultuados em toda a Europa, especialmente Itália, França, Espanha e Portugal. No Brasil, em 1530 construiu-se uma igreja em Igaraçu PE, em honra aos santos Cosme e Damião.
São Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos. Por causa da sua simplicidade e inocência, são invocados também como protetores das crianças.

Oferenda a Cosme, Damião e Doum - Festa: dia 27 de setembro


Para agradar os Erês, no dia de São Cosme e Damião, é fácil. Um pequeno agrado a estes Orixás podem fazer nossas vidas mais felizes. As crianças do espaço, em sua aparente fragilidade, na verdade tem poderes incríveis. A Ibejada pode curar doenças do corpo, da mente e da alma, além de que alegria advinda de uma criança é a mais pura existente na natureza. Puro amor.  Não deixe este dia passar, sem aproveitar a oportunidade para obter graças e agradecer as já recebidas. Os elementos para esta entrega são simples: uma fatia de bolo (e/ou doces), 7 velinhas azuis, 7 velinhas cor-de-rosa, uma garrafinha de bebida doce gasosa (ou suco adoçado tipo capilé) e um pratinho de papelão virgem (tipo de festinha infantil). No dia da entrega, 27 de agosto, é bom estar com pensamentos elevados e corpo purificado. Vá até uma pracinha, qualquer uma, de preferência onde tenham brinquedos (balança, gangorra...). Pense em São Cosme e Damião, e nas crianças, enquanto coloca o pratinho com os doces no chão; em volta coloque as velas, uma azul outra rosa, até dispor todas as 14 velas (pode-se também usar simplesmente uma azul outra rosa); abra o refrigerante ou suco e despeje em torno, em forma circular, a seguir acenda as velas e cante um ponto e/ou faça uma oração aos Cosminhos. Pronto!
Reverencie a entrega, bata palmas, vire-se e vá embora sem olhar para trás. Está feito!
Saravá São Cosme e Damião! Salve as crianças! Erê!