Magia é o ato de evocar poderes e mistérios Divinos e colocá-los em ações beneficiando-nos ou aos nossos semelhantes.
Muitas são as magias já reveladas ao plano material da vida. Há magias astrológicas, lunares, ígneas, solares, elementares, espirituais, telúricas, aquáticas, eólicas, minerais, etc.
Foram grandes os iniciados, cujos os nomes se imortalizaram na história religiosa, iniciática, esotérica e ocultista da humanidade, com certeza foram responsáveis por elas e foram os seus doadores, pois todo grande iniciado e um mensageiro Divino e traz, em si, atributos e atribuições divinas não encontradas nas outras pessoas, às quais beneficiam com suas revelações.
Todo grande iniciado já encarna preparado, em espírito, e tudo para ele é tão natural que, dispensando os processos religiosos magísticos, ocultistas ou iniciáticos existentes, dá início aos seus próprios procedimentos, pois traz em si uma outorga Divina e é “iniciado” natural das pessoas que se afinizam com ele o adota como tal.
Só ativa ou desativa magias quem já estiver sido iniciado magísticamente, porque as divindades só reconhecem como aptos para esse mistério quem cumprir as etapas iniciáticas estabelecidas pelos seu iniciado.
Temos por:
- Conceito de Magia:
* Magia é o ato de ativar ou desativar mistérios de Deus;
* Magia é a “manipulação” mental, energética, Elemental e natural dos mistérios e poderes Divinos.
* Magia é o ato de, a partir de um ritual evocatório específico, ativar energias e mistérios que só assim, são colocados em ação.
* Magia é o procedimento paralelo aos religiosos, ou, mesmo parte deles.
Por ser magia tudso isso, caso você venha acender velas e consagrá-las à Olorum e aos seus Divinos Tronos com fé e reverência, tenham certeza de que elas realizarão uma ação mágico-religiosa que os beneficiará.
As Formas das Ondas Ígneas Irradiadas pelas Velas
As velas irradiam suas ondas ígneas de muitas maneiras, todas análogas às ondas eletromagnéticas existentes nas dimensões básicas ou elementares, assim como irradiam ondas fatoriais ou coletoras de essências existentes para prana ou éter.
Saibam que cada onda obedece a um dos 7 magnetismos Divino Planetários e às irradiações de um dos 7 Tronos: Fatorais, Essenciais, Elementais, Duais, Encantados, Naturais e Celestiais, que são os regentes dos “Sete planos da Vida”.
O mistério das ondas ígneas irradiadas pelas chamas das velas é tão magnífico que ver nele a repetição das ondas eletromagnéticas que fluem pelo universo sem que saibamos quem as emite, onde a emissão começa nem para onde se dirige, pois em qualquer lugar podemos captá-las mentalmente.
Essas ondas divinas são captadas aqui na Terra e podem ser captadas em outras Galáxias, distantes da nossa “Via Láctea”, e nós as entendemos como as irradiações de Deus/Olorum, que estão em tudo e em todos os lugares, o tempo todo.
Essas ondas eletromagnéticas Divinas formam como uma tela ou teia sustentadora da criação Divina por meio da qual se move múltiplos fatores, essências e energias que se alimentam essa mesma criação Divina, estabilizando ou mantendo-a em equilíbrio.
Como estamos acostumados com as formas rústicas da matéria e não temos uma noção das magníficas formas de ondas e dos campos eletromagnéticos formados a partir da condensação de fatores, essências, elementos e energias.
Elas são lindas, encantadoras, fascinantes, absorventes e nos levam a um despertar para os modos como Olorum/Deus atua em nossas vidas ou cria continuamente, expandindo ao infinito sua criação.
Saibam que, se o plano material é rico nas formas de suas espécies animais, vegetais, minerais ou marinhas, e as espécies de aves, répteis, etc, são fascinantes, nas dimensões naturais, as formas são tantas e tão belas que não temos como descrevê-las, já que muitas são “diáfanas”, como se fossem campos eletromagnéticos vivos.
Outras são as fontes energéticas vivas que se deslocam de um lado para o outro, irradiando as essências ou energias que são coletadas por essa tela Divina formada por ondas eletromagnéticas, que em determinados pontos unem-se e formam correntes que parecem rios etéricos, que se perdem no infinito dessas dimensões da vida, que denominamos de “naturais”. Todas regidas pelos Tronos de Deus, os mesmos que são cultuados na Umbanda com o nome de Orixás.
Para os pensadores de algumas religiões, a criação de Deus é vista como se existisse só para o benefício de seres humanos. E nenhum sai da dimensão material ou espiritual humana, limitando Olorum e suas Divindades a nós, os seres espiritualizados. Para esses pensadores, somos o foco das atenções de Olorum, que tudo criou “infinitamente” só para satisfazer nosso ego e nossas necessidades venais, até mesmo emocionais.
Uns até chegam ao extremo de afirmar que Olorum só existe por e para nossa “causa”.
Mas a verdade é outra : somos só uma pequena parte do universo Divino, que alcança outras dimensões da vida, muito mais populosas que a dimensão material e espiritual humana juntas, pois nelas vivem trilhões de seres semelhantes a nós, só que não são “espíritos humanos” e sim seres “naturais” que encarnam.
Nessas dimensões da vida, podemos ver fontes energéticas que se irradiam de forma muito parecida com as irradiações ígneas das chamas das velas.
Então nossa curiosidade humana nos levou a estabelecer analogias e a pleitear junto dos senhores Orixás que permitissem a abertura dos mistérios das velas para nosso plano material da vida, pois um conhecimento sobre elas não existia e muitos até desprezam o seu uso cotidiano, achando que é atraso religioso.
As ondas magnéticas ígneas irradiadas pelas chamas das velas formam desenhos belíssimos, e, uma chama dependendo da cor da vela, emite vários tipos de ondas, que formam lindos desenhos.
E mesmo todas sendo ondas ígneas, umas não tocam nas outras, por cada tipo ou forma de onda flui num padrão vibratório só seu e com um “comprimento” específico.
Uma mesma chama irradia vários tipos de ondas e cada tipo flui num grau vibratório que só é visível ao clarividente, pois elas fluem pelas ondas eletromagnéticas sutilíssimas da tela ou teia Divina, a qual já comentamos.
Se mentalmente projetamos essas ondas ígneas para alguém vivendo no outro lado do nosso planeta, eles fluirão pelas ondas eletromagnéticas da tela Divina e chegarão até o mental da pessoa mentalizada por nós em segundos.
Isso é a ciência Divina e a basa de todas as magias realizadas desde os tempos imemorais por pessoas dotadas de poderes mentais, já que a chave delas é a mente. O resto são os recursos matérias que temos à nossa disposição e nada mais.
A chave esta no mental e a mente é ativadora de todas as magias, pois sem essa ativação, nada é projetado para além de seu campo natural. E assim, que alcança seu limite, é absorvido e diluído na tela ou teia Divina, devolvendo ao éter ou prana o que dela havia retirado.
Enfim, ora estamos retirando alguma essência, elemento ou energia do prana por meio desta tela Divina, ora estamos devolvendo-lhe tudo o que havíamos retirado por meio dessa mesma tela eletromagnética, pois nossos chakras também projetam ondas eletromagnéticas sutilíssimas que nos interligam á tela Divina.
Temos 7 chakras principais e eles estão vibrando em 7 graus ou padrões.
Mas também temos chakras secundários e esses vibram em subpadrões ou subgraus magnéticos que também os interligam à tela Divina.
Se o nosso corpo é uma obra-prima da criação, pois nenhuma célula deixa de ser abastecida pela rede de veias capilares, transportadas pela linfa do sangue , saturadas de nutrientes fundamentais para equilíbrio energético, o mesmo acontecendo com o aparelho respiratório e circulatório, que não deixam de enviar o precioso oxigênio para a “respiração” celular, saibam que temos um corpo energético tão corpo carnal e que, ao desencarnarmos, levamos em nosso espírito nossas cicatrizes, defeitos físicos, cor dos olhos, dos cabelos e da pele, assim como, tanto interna, quanto externamente ele é igual em tudo, exceto em casos em que mentalmente, já danificamos e modificamos a energia perispiritual, que modula o aspecto “físico” do perispírito para padrões de degradantes níveis inferiores e consciência.
Em espírito, sabemos que todo ser já é energia vibrando em outro padrão vibratório.
Tudo esta sujeito ás condições da mente de cada um, pois , pouco a pouco, cada pessoa será como se sente, sempre em acordo com seus sentimentos íntimos, irradiados o tempo todo pelo seu mental.
Uns sutilizam-se energeticamente e torna-se luminosos .
Outros sutilizam-se energeticamente , passam por deformações assutadoras que desfiguram totalmente, tornando-se irreconhecíveis.
A criação Divina é um mistério magnífico e se alguém aqui no plano material, acender uma vela ao espírito de um parente ou amigo desencarnado, este será envolto por uma energia morna e balsâmica que lhe fará um enorme bem.
Mas se acender uma vela “contra” algum desafeto, este será envolvido por uma energia enfermiça que o incomodará.
Se acender uma vela ao seu anjo de guarda, a Jesus, aos Tronos Divinos, ou mesmo a Olorum (Deus) todos eles receberão um fluxo ígneo, que transmutarão em irradiações vivas e farão retornar por meio da mesma tela eletromagnética Divina que lhes enviou o fluxo ígneos. (na realidade sempre somos nós que recebemos as boas energias)
Explicando a magia de alguns Elementos
FUMO –cigarros
As folhas da planta chamada “fumo” absorvem e comprimem em grande quantidade o prana vital, enquanto estão em crescimento, cujo poder magnético é liberado através das golfadas de fumaça dadas pelo cachimbo, cigarros e charutos usados pelas entidades.
Essa fumaça libera princípios ativos altamente benfeitores, desagregando as partículas densas do ambiente.
O uso de ERVAS
É utilizado as ervas (principalmente arruda, alecrim, sálvia, guiné, manjericão e a espada de São Jorge), porque estas ervas possuem agregados em sua vitalidade, elementos astromagnéticos, que desmagnetizam e desintegram elementos etéricos densos e negativos presentes na aura dos consulentes. Bem como larvas astrais e diversas criações etéricas mentais que ficam impregnadas no perispírito.
O uso da PÓLVORA
Quando queimados, os grânulos de pólvora explodem, causando intenso deslocamento molecular do ar e do éter, desintegrando miasmas, morbos psíquicos, ovóides astrais, aparelhos parasitas e outros recursos maléficos, bem como é feito a desobsessão e a desagregação de seres dos astral inferior que estiverem ligados a pessoa que passa pela roda de fogo.
Desintegrando também os campos de força densificados com matéria astral negativa, os quais não foram possíveis de serem desativados pela força mental dos guias do espaço e o fluido ectoplasmático dos aparelhos mediunizados.
O uso de bebidas alcoólicas
Não existe necessidade de ingestão de álcool pelo médium, mas faz-se o uso externo deste elemento, porque o álcool volatiza-se rapidamente, servindo como condensados energéticos para desintegrar miasmas pesados que ficam impregnados na aura dos consulentes, além de servir como volátil de assepsia do ambiente. Além do que o álcool juntamente com outros elementos descarrega energias pesadas.
Práticas dos Pontos Cantados
Os diversos pontos cantados na Umbanda estabelecem condições propícias para que os pensamentos dos espíritos se enfeixem nas ondas mentais dos médiuns.
Cada vibração peculiar a um Orixá tem particularidades de cor, som, comprimentos e oscilações de ondas que permitem sua percepção pelos sensitivos.
Uma vibração sonora específica, cantada em conjunto, sustenta a egrégora para que os espíritos da linha corresponde ao orixá se aproximem, criando e movimentando no éter e no astral formas e condensações energéticas similares aos sítios vibracionais da natureza que “assentam” as energias, como nelas estivessem presente.
Práticas da Dança
Quando os pontos são cantados em mantras de codificação ao Orixá. A prática da dança é utilizada para que de forma rítmica e “passos marcados”, o médium possa juntamente com a curimba cantada, abrir o ponto de irradiação do determinado Orixá, para que o mesmo faça a conexão mental hipotalâmica com a falange espiritual, vibrando em mesmo tom e densidade com o trabalho espiritual proposto.
Neste caso, não há necessidade de saber dançar, de ter coordenação específica, nem tão pouco sensualidade alguma (o que excluiria totalmente do propósito)
Necessita que o médium apenas sintonize-se com a vibração do Orixá e deixe que o físico siga com “passos marcados” a cadência da curimba.
É durante essas giras dançadas que muitos médiuns desenvolvem sua mediunidade de incorporação.
ALTARES, IMAGENS, TEMPLOS, FÉ E RELIGIOSIDADE
Os Altares
Toda religião tem seu altar, onde estão imagens, símbolos, ícones ou elementos indispensáveis à sua liturgia.
Por liturgia, entendam como o conjunto de recursos ou “artigos” indispensáveis às práticas religiosas.
Bom, o fato é que os altares não existem só porque alguém inventou um e depois todos os copiaram, só modificando os elementos distribuídos neles.
Um altar tem como principal função a de criar todo um magnetismo de nível terra, através do qual as irradiações verticais das divindades descerão até ele, e a partir dele, continuarão fluindo na horizontal, ocupando todo o espaço destinado às práticas religiosas que serão realizadas diante dele, e em nome das divindades cultuadas e nele assentadas.
Um altar é um ponto de forças religiosas e, se devidamente fundamentado, através dele as irradiações das divindades alcançarão todos os fiéis postados diante dele.
Nós, ao contemplarmos o altar de um templo de Umbanda Sagrada, vemos imagens de santos católicos, de divindades naturais, de anjos, arcanjos, caboclos, pretos velhos, crianças, sereias, etc.
Para um leigo no assunto, a miscelânea religiosa não tem uma explicação lógica, pois junta elementos de diferentes religiões num mesmo espaço religioso, quando o mais comum é as religiões banirem de seus templos todo e qualquer elemento estranho a ela ou pertencente a outras.
Mas a Umbanda é uma síntese de todas as religiões, tudo reunido num mesmo espaço religioso.
Nela estão presentes correntes de espíritos hindus, chineses, persas, árabes, judeus, budistas, dóricos, egípcios, maias, incas, astecas, tupis-guaranis, ... e cristãos!
E cada corrente espiritual se formou sob o manto luminoso da religião, à qual seus membros formaram sua crença no Deus único (Olorum) e nas suas divindades (orixás), para melhor falarem dele aos seus filhos.
Cada linha de trabalho do Ritual de Umbanda Sagrada é regida por um espírito ascencionado e assentado nas hierarquias naturais pelos senhores Orixás , que os tem no grau de seus intermediadores para a dimensão humana da vida, que é onde os seres espiritualizados (nós) vivem e evoluem.
Assim sendo, os médiuns, todos com alguma formação cristã, colocam Jesus Cristo, um Oxalá intermediário humanizado, como o pontificador de seu altar, distribuindo mais abaixo as imagens dos santos sincretizados e linhas de Orixás.
O sincretismo explica o uso de imagens cristãs, assim como, a imagem de “caboclos” índios ou soldados “romanos” são explicadas como sinalizadoras de que ali trabalham mentores espirituais de aparência semelhante.
E o uso de cristais, minérios, flores, colares de pedras semipreciosas, armas simbólicas, símbolos mágicos, etc., explica que muitas linhas de forças intermediárias, intermediadoras ou espirituais ali estão representadas, ativadas e prontas para intervirem em benefício de quem for merecedor do auxílio dos espíritos ou dos Orixás.
O fundamento divino que justifica a existência do altar nos templos, é :
— “Todo altar é um local onde, se nos postarmos reverentes diante dele, estaremos bem de frente e bem próximos de Deus (Olorum) e às suas Divindades (Orixás)”.
Existem altares naturais que são locais altamente magnetizados ou são vórtices eletromagnéticos, cujo magnetismo e energia criam um santuário natural que, se o consagrarem às práticas religiosas, neles as pessoas entrarão em comunhão com as divindades naturais regentes da natureza.
O culto junto a elementos da natureza, onde são tidos como potencializadores da fé das pessoas, esta em várias religiões:
— Islamismo: culto à Caaba ou pedra fundamental da religião islâmica.
— Judaísmo: culto à Montanha Sagrada onde Moisés recebeu de Deus os Dez Mandamentos.
— Religião Grega: Monte Olimpo.
— Taoísmo: Montanhas Sagradas.
— Budismo: Montanhas Sagradas.
— Hinduísmo: Rio Ganges, e muitos outros pontos da natureza.
— Xintoísmo: Monte Fuji (Japão), montanha sagrada e símbolo religioso nacional do povo japonês.
— Naturalismo Inglês: Stonehenge, santuário natural construído por gigantescos monólitos, com datação de uns 3.000 anos antes de Cristo.
— Hunas: Havaí, Kilauea, o vulcão sagrado.
— Cristianismo: Monte das Oliveiras e a Colina do Gólgota.
Umas vivem a criticar ou renegar as práticas das outras, mas algo superior conduz todas aos seus fundamentos “naturais” onde as pessoas associam locais com poderes supra-humanos e os tornam santuários ou altares a céu aberto, onde cultuam Deus e suas divindades.
A Umbanda, porque e fundamenta-se nos sagrados Orixás, os quais (corretíssimo) regem os elementos e a própria natureza, com a qual são associados, não dispensa seus santuários naturais.
Assim, a montanha é o santuário natural de Xangô e uma pedra-mesa é um altar, onde o oferendam.
Os rios são o santuário de Oxum, e uma cachoeira é um seu altar, onde é oferendada.
O mar é o santuário de Yemanjá, e a praia é seu altar, onde é oferendada.
As matas são o santuário de Oxossi, e um bosque é o seu altar, onde é oferendado.
E com todos os outros Orixás o mesmo acontece, pois são os regentes naturais do nosso planeta e antes de surgir qualquer religião eles já o regiam, e sempre o regerão, assim como nos regeram, pois somos seus filhos naturais.
Portanto, antes de criarem os templos e seus altares, já reverenciavam as divindades e cultuavam o divino diante de seus altares naturais localizados em seus santuários, que é a própria natureza.
As Imagens
As imagens sacras são tão antigas quanto as religiões, e têm o poder de impor um respeito único aos freqüentadores dos templos, onde são colocadas justamente com a finalidade de induzir as pessoas a uma postura respeitosa, silenciosa e reverente.
Na antigüidade mais remota as pessoas cultuavam os poderes do desconhecido mundo espiritual através da litolatria (culto das pedras tidas como sagradas), da fitolatria (culto à árvores tidas como sagradas), da hidrolatria (culto à rios ou lagos tidos como sagrados), etc.
Uma divindade era identificada com um elemento da natureza, e através dele a cultuavam.
Este hábito era comum a todos os povos espalhados pela terra, ainda na idade da pedra. E com o tempo também foi aparecendo o culto a algumas pessoas tidas como superiores. Só porque realizavam fenômenos mediúnicos ou prodígios magísticos, à volta delas criava-se toda uma mística que, mais dias menos dias, as divinizavam. Então eram “entronadas” como deuses. E seus seguidores, após sua morte, abriam o culto a elas, pois acreditavam que seriam amparados, dando início ao culto às figuras deles entalhadas em pedras ou troncos (totemismo).
Com o tempo as técnicas de entalhe foram sendo aperfeiçoadas e estátuas muito parecidas com os falecidos “incomuns”, começaram a ser feitas em série pelos artesãos de então, surgindo a antropolatria (culto a pessoas tidas como “deuses” ou divinizadas ainda em vida na carne).
Vide Jesus Cristo, Buda, São Francisco, etc., que, ainda encarnados, já eram reverenciados pelos seus seguidores como pessoas portadoras de dons divinos e de mensagens religiosas poderosas.
Saibam que isto é verdade no caso das pessoas em questão, pois Jesus Cristo fundou uma magnífica religião e a tem sustentado com sua mensagem divina e com o poder que manifesta de si mesmo, pois é um genuíno filho unigênito (nascido único) de Deus Pai. E o mesmo se aplica ao Buda, também um filho unigênito de Deus.
O culto ou a postura reverente diante de imagens sacras é um recurso humano muito positivo, pois elas despertam nas pessoas o respeito, a reverência, a fé e a religiosidade. E Deus não pune ninguém por orar ao seu santo e fazer promessas (desde que as cumpra), assim como não vira o rosto se alguém ajoelhar-se diante da imagem de um santo ou de uma divindade para clamar por auxílio, pois ambos respondem, mesmo, a quem tem fé em seus poderes e ajudam segundo o merecimento de quem os evocou. E até realizam milagres, caso o Altíssimo lhes ordene. Certo?
Só Jesus Cristo é um Trono de Deus que humanizou-se e espiritualizou-se para melhor se fazer entender pelas pessoas?
Deus Pai fala aos homens através dos homens, e também costuma responder aos nossos clamores através de suas divindades, sejam elas naturais ou espiritualizadas.
Os que condenam a idolatria, não fogem à regra e praticam a “símbololatria” (reverência à símbolos sagrados) ou a “verbolatria” (respeito, obediência e sacralização de frases cuja mensagem é religiosa e despertadora da fé dos seus crentes).
As aspas são nossas, pois foram criadas estas duas palavras, já que muitos cabalistas crêem, corretamente, no poder dos símbolos sagrados, e muitos crêem no poder de certas frases, mantras, orações, etc.
Num determinado nível vibratório, tanto os símbolos sagrados quanto as palavras sacras têm, realmente, ressonância magnética e sonora que ativam mistérios de Deus e poderes de suas divindades.
Logo, caso alguém aprecie as imagens sacras, então não precisa temer a ira divina, pois Deus não mede nossa fé através da forma como a externamos, mas sim através da sua intensidade e do nosso respeito e reverência diante de símbolos sacros.
Além do mais, que diferença há entre uma imagem de Jesus Cristo, que em seu silêncio nos está dizendo tudo o que precisamos ouvir e está nos mostrando em si mesmo tudo o que precisamos ver para segui-lo rumo ao Pai, e a oratória inflamada de um pregador que, brandindo seu livro santo, ameaça seus seguidores com o fogo do inferno caso não sigam à risca o que nele está escrito?
Uma imagem sacra de Jesus Cristo, no seu silêncio “religioso”, fala ao nosso íntimo e nos faz vibrar amor e fé. Já o pregador inflamado, com seus berros e suas ameaças, apenas desequilibra o emocional de quem o ouve, e com seus gestos radicais apenas desperta o medo do inferno, mas não o verdadeiro amor a Deus ou ao seu filho unigênito, o nosso amado mestre Jesus.
Os Templos
Os templos são os locais criados pelos homens para cultuarem Deus (Olorum) e suas divindades, pois no decorrer dos tempos, os antigos cultos às divindades naturais foram tornando-se difíceis, justamente por causa do crescimento populacional, que foi deslocando as pessoas para longe dos lugares onde eram cultuadas: — os pontos de forças ou santuários naturais.
Os povos antigos realizavam seus cultos a céu aberto, onde aconteciam cerimônias e festividades religiosas.
Mas, devido às longas distâncias, não era possível manter uma assiduidade aos cultos, e aí começaram a criar uma alternativa que respondesse aos anseios das pessoas que sentiam a falta do contato freqüente com suas divindades.
E surgiram os templos!
os templos atendem essa necessidade dos seres, e são tão positivos que onde houver um, ali está um local onde as pessoas se colocam de frente para Deus e suas divindades.
O fato concreto é que um templo é consagrado às praticas religiosas e dentro dele existe um campo eletromagnético que o diferencia, pois este campo é criado pelas irradiações que descem até ele desde o alto do altíssimo, inundando-o de essências religiosas despertadoras da fé.
O campo eletromagnético interno de um templo não deve ser medido ou comparado com o seu espaço físico, pois se localiza na dimensão espiritual, onde os parâmetros são outros. Assim sendo, no espaço físico de um templo cabem cem pessoas, no seu campo eletromagnético caberão todos os espíritos que adentrarem nele. E se entrarem um milhão de espíritos, todos serão acomodados, pois o lado espiritual da vida é regido por outros princípios e outros parâmetros, que são divinos (de Deus).
O campo eletromagnético de um templo expande-se caso precise acomodar mais espíritos, ou contrai-se após recolhê-los e direcioná-los para moradas espirituais localizadas no astral.
Todo espírito que for acolhido, religiosamente, no campo de um templo, automaticamente e imediatamente começa a ser amparado pela divindade que rege o templo, e que ativa suas hierarquias para auxiliá-lo, curá-lo, doutriná-lo, e recolocá-lo na senda luminosa da evolução.
Mas, se um espírito não for acolhido religiosamente, então os espíritos guardiões do templo o colocam para fora ou o enviam à alguma faixa vibratória negativa, onde, junto com seus afins, também viciados, terá todo o tempo que precisar para repensar sua vida desregrada.
Por isso a Umbanda adotou o assentamento de Guardião (Exu) e Damas (Pombagira) no lado de fora dos seus templos: — são estes guardiões cósmicos que enviam para as faixas negativas os espíritos ainda petrificados nos vícios e ainda vibrando sentimentos de ódio, vingança, etc.
Mas, ao par da atração dos espíritos guardiões, todo templo tem o recurso da Lei Maior, que cria no espaço interno dele um pólo magnético bipolar, que puxa para o “alto” os espíritos que já forem merecedores de um amparo efetivo, e envia para o “embaixo” aqueles que precisam descarregar seus vícios emocionais.
Portanto, não importa a que religião um templo pertence, pois nele Deus está presente e ativo, assim como ali está presente uma ou várias de suas divindades. Logo, caso adentrem num, peçam antes licença, e depois comportem-se religiosamente, pois senão estarão profanando um local consagrado e mostrando-se indignos de quem os recebeu com amor e boa vontade, assim como, estarão sendo vistos de frente tanto por Deus e suas divindades, como pelos espíritos que ali atuam em benefício de todos que ali vão, porque crêem no poder da religião que o erigiu como mais uma casa do Pai.
A Fé e Religiosidade
— Fé é o ato de crermos em Deus e suas divindades.
— Religiosidade é a forma como manifestamos nossa fé, que envolve nossos sentimentos íntimos e nossa postura diante de Deus e suas divindades, assim como, diante da vida e de nossos semelhantes.
De nada adianta crermos em Deus se nossa religiosidade é nula ou negativa.
Sim, quantos não têm fé na existência de Deus e de suas divindades, e crêem que atuam em nossa vida e em nosso favor nos momentos difíceis, mas só buscam esse amparo divino quando chegam ao desespero?
Estes tem fé, mas não a cultivam com uma religiosidade em suas vidas e suas posturas no dia-a-dia.
Fé é a crença no poder divino. Já a religiosidade, é o ato de trazermos para nossa vida e nosso dia-a-dia o comportamento e a postura preconizados como qualidades superiores pela nossa religião e sua doutrina.
Se nossa doutrina prega que somos filhos de um mesmo pai (Deus), então o nosso comportamento diante de nossos semelhantes deve pautar-se por este sentimento fraterno que congrega e irmana os seres. E nossa postura diante de um nosso semelhantes deve ser de respeito e de confiança.
A nossa religiosidade nos distingue perante nossos semelhantes e nos qualifica como seres regidos por Deus e suas divindades, e todos esperam de nós uma conduta e uma postura condizente com o que nossa religião prega: — amor e fraternidade para e com nossos semelhantes.
Meditem e reflitam se vossa fé é forte e se vosso comportamento e postura a refletem ou se vossa religiosidade e fé esta precisando aperfeiçoar-se.
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