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segunda-feira, 18 de abril de 2011

XANGÔ

JUSTIÇA E EQUILIBRIO

A justiça é a virtude de dar a cada um aquilo que é de seu merecimento. Deus é justo e gera tudo com equilíbrio. No sentido da justiça todos nós temos os mecanismos mentais necessários para desenvolvermos condutas equilibradas e adquirirmos posturas pessoais sensatas e racionais, anulando nossa emotividade e nosso instinto primitivo. Para isso, somos dotados de livre-arbítrio, quando encarnados.
A qualidade da Justiça Divina, equilibradora, é manifestada pelo orixá Xangô, que purifica nossos sentimentos com sua irradiação incandescente, abrasadora e consumidora das emotividades. Xangô é a força coesiva que dá sustentação a tudo. Ele está na Natureza como o próprio equilíbrio, tanto na estrutura de um átomo quanto no Universo e em tudo que nele existe.
Quem absorve a qualidade de pai Xangô, torna-se racional, ajuizado, ótimo equilibrador do seu meio e dos que vivem a sua volta. A escolha racional nos leva ao equilíbrio da alma, pelo conhecimento da lei que nos rege e nos diz o que é certo e o que é errado na vida. Essa Lei não é cega nem falível, pois se ensinarmos errado, seremos colhidos por ela, que exige muito de quem conhece os mistérios da razão. Mas, se trilharmos no equilíbrio da Lei, iremos adquirir uma Fé inabalável no que fazemos e no que falamos e nada será feito ou dito em vão; tudo terá sua razão de ser. È isso que faz com que aqueles que já adquiriram o seu equilíbrio e se tornaram conhecedores da Lei sacrifiquem-se em benefício dos semelhantes, sem nada esperar em troca. Tudo se resume em servir a sua família, ao seu círculo familiar, à sua comunidade, tanto civil quanto religiosa, a servir a Deus.
Quanto às pessoas instintivas, não desenvolveram os sensos de Justiça e a vida delas se resume a uma permanente busca de satisfação pessoal, mesmo que à custa dos semelhantes. Uma pessoa instintiva costuma procurar essa satisfação em todos os sentidos da vida e tudo tem de ser para ela e por ela, senão se sentirá preterida ou injustiçada e torna-se intolerante e mesquinha.
A emotividade não suporta nenhum tipo de contrariedade, levando-nos a ver qualquer ação refreadora como ofensa pessoal, por isso deve ser contida pelo sentido equilibrador da Justiça. Assim, não nos tornamos pessoas que se sentem injustiçadas pelos semelhantes, inferiorizadas, abandonadas, traídas e menosprezadas. Nossa emotividade e nosso instinto primitivo devem ser transmutados lentamente em senso, em razão e equilíbrio, senão nos tornamos egoístas, possessivos, vingativos, intransigentes e intolerantes com nossos semelhantes e conosco.
Quando se torna um equilibrador de seus semelhantes é porque descobriu o sentido da vida.
Que Pai Xangô nos equilibre a todos!
Salve nosso Pai Xangô!

Xangô
 
Pai Xangô é o orixá da Justiça e seu campo de atuação preferencial é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e equidade, pois só conscientizado e despertado para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.
A irradiação da Justiça Divina é uma onda viva que nasce em Olorum e alcança tudo e todos. Xangô é o pólo positivo dessa onda, que equilibra tudo, desde a gênese das coisas até o sentimento dos seres. Ele é irradiação contínua e chega a todos, não deixa nada nem ninguém sem o amparo da justiça Divina. Ele gera e irradia a chama da Justiça Divina, que aquece o racional dos seres e abrasa os sentimentos íntimos relacionados com as coisas da Justiça e da Razão. Xangô atua através do mental e vela pela harmonia e pelo equilíbrio na evolução. Pai Xangô é abrasador, é a chama universal, é o raio solar gerador da vida, gera o equilíbrio da Justiça; é racionalista e aquecedor dos sentimentos equilibrados.
É fundamental para a nossa evolução o desenvolvimento do senso de Justiça, da Razão, do Equilíbrio, do Juízo e de posturas sensatas, deixando de lado a emotividade e o instinto.
Pessoas instintivistas, no campo profissional, buscam cargos de destaque, de chefia e melhor remunerados, pois sua satisfação pessoal não aceita nada que seja subalterno. No campo religioso, querem estar acima de todos e, se é um assistente, quer toda a atenção para si, não se importando com mais ninguém. No campo familiar, tem de ser o dono da família e não aceita ser contrariado por ninguém. No campo amoroso, não se importam com os sentimentos alheios, pois os seus é que devem ser satisfeitos e não aceitam nenhum tipo de crítica ou advertência.

                          

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