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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Serenidade não nasce em árvores ocas.

Vovó Maria Conga
Médium Pai Norberto Peixoto
(terreiro filiado ao CECP)
     "Filho meu, àqueles que não se encontraram com a serenidade são que nem árvores ocas na floresta, vistosos nos galhos e folhagens mas com grande sofrimento interior. Com a mais breve ventania da vida podem rachar no meio".  Vovó Maria Conga
Todo homem sábio irremediavelmente é sereno. Observem quantos são de grande conhecimento intelectual e são extremamente ansiosos. Conhecimento em si não é passaporte para a sabedoria, mas sim como ele é usado. A boa semente no solo fofo se destituído do jardineiro fiel perecerá na aridez dos descompassos climáticos.
 A serenidade é alcançada com árduo esforço pessoal e gradativamente, qual formiga que trabalha no verão causticante.
Desafios diários superados; irritação contida, distúrbios emocionais desfeitos, vontade bem dirigida submetendo os desejos à razão, maus hábitos bloqueados pelo poder do "não quero", ambição desmedida controlada, são alguns exemplos de esforços no dia-a-dia do ser em busca da aquisição de serenidade.
 Aquele que já se encontrou consigo e escalou as montanhas do egoísmo do seu eu interior, sabe exatamente o que quer da vida, tendo a vontade livre para impor o seu ideal e se diferenciar numa sociedade automatizada que sofre da síndrome de exteriorização coletiva: todos iguais à produtos pasteurizados de uma fábrica, onde se impõe o império das aparências externas, tal embalagens chamativas em vitrines vistosas.
 São hostes de "escravos", não mais das senzalas pela subjugação da mão-de-obra, mas deles mesmos pela fraqueza mental diante da mídia, das telenovelas, das modas urbanas e dos maneirismos condicionantes para serem aceitos em grupos que se unem pelo interesse do momento, nos centros de compras, praças de alimentação, festas, bares e nos encontros sociais perfumados e fugazes, movidos a quitutes saborosos e drinques etílicos inebriantes das ansiedades diárias.
 A consciência serena se dá com aqueles que já subjugaram a vontade inferior que jazia sepultada pelos desejos mundanos.
 Consciente e serenado é o ser que sabe que ultrapassou as provas dentro de si mesmo em favor do semelhante, anulando seu ego e deslocando do centro para a periferia do seu Eu sua área de interesse pela vida em coletividade.
 A serenidade harmoniza, exteriorizando-se do interior do ser, agradavelmente e com mansidão para os circunstantes periféricos em seu raio de magnetismo pessoal e não se influencia por apelos de consumo. Inspira a confiança sem medo de traição, acalma as mentes agitadas e oferece afeição e amor.
 O homem elevado e sereno já venceu grande parte da luta contra as ilusórias paixões materiais que arrebatam os instintos e exaurem as capacidades sensórias do cidadão comum em busca dos prazeres fugazes, embotando-o para as percepções duradouras da verdadeira e perene realidade do espírito imortal. 
Vovó Maria Conga
Uma Preta Velha "metida" a psicóloga das almas

Um comentário:

  1. Foi muito profundo,porque e tudo que eu preciso na minha vida.
    Obrigada Vovo Maria Conga

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